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Amelices e outros estados de alma

50 e´s ainda à procura do sentido da vida.

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Amelices e outros estados de alma

09
Out17

A rosa púrpura do Cairo


Amélia Folques

rp_4.jpg

 

O 1º filme de que me lembro foi o “Tarzan” a preto e branco num cinema em Bissau. Foi avassalador, aterrorizante e misterioso. Depois lembro-me de outros filmes que me encantaram na minha infância como “Uma ilha no tecto do mundo” que vi no antigo Tivoli, a partir daí acho que gostei de quase tudo que me aparecesse na grande tela. Na minha juventude adorava ir ao cinema e continuei até casar.

Casei, depois vieram os filhos, passei a ver filmes para crianças eram essas a minhas idas ao cinema. Só havia um escape para filmes de “crescidos” que era com a minha querida amiga Rosa. A Rosinha tinha bilhetes para as “premières” no cinema Casino no Funchal. Como o marido, o meu querido amigo José Luis (não prescindia da bola á quarta-feira pois era doido pelo Porto e Nacional), lá íamos nós maravilhosas ao cinema.

Dessa saga ainda me lembro do “Náufrago” com o Tom Hanks, quando saí do cinema vinha sem ar com tanta água que o filme meteu. E é essa a minha relação com o cinema, envolvo-me de tal maneira, embrenho-me na história que a vivo como se tivesse do outro lado da tela. Choro, rio, nado, afogo-me, voo, questiono, aconselho, conforto, oriento, enfim participo tudo no meu assento. Já saí do cinema com um peso tão grande no peito, com uma angústia tão profunda como se tivesse mesmo vivido toda a história, como se fosse a protagonista do filme por isso deixei de ver dramas.

Talvez por isso goste tanto do filme “A rosa púrpura do Cairo” aquela linha que divide a realidade da ficção é tão ténue.

Adoro filmes de amor com finais felizes, porque deve ser o único local do planeta que esse conceito funciona na perfeição. Comédias tipo loucuras do Almodovar,”Potiche” ou “Gaiola dourada”, da ligeireza do “Mamma Mia” sou fã. Acção adoro, 007 sobretudo dos clássicos. Policiais dou a vida por um bom crime, exemplo disso é o “Vestida para matar” bem e tudo o resto.

Dos inesquecíveis tenho “E tudo o vento levou”, ”Pretty woman”  e o mais intrigante “Querelle “ do Fassbinder, o último por razões que não tem nada a ver com o filme pois na altura não percebi nada do que estava acontecer, vi-me arrastada para fora do cinema antes de perceber a história, ainda não sei se havia história efectivamente, tenho que o ver novamente.

É a 7ª arte, dá-nos a hipótese de termos tantas experiências, tantos conflitos, sentimentos, emoções durante o espaço que estamos entregues a ela.

É cor, história, música, nervos, emoções, magia tudo ali concentrado. Quando as luzes se apagam tudo é possível …. Reinvento-me milhares de vezes.

 

rosa purpura do cairo.jpg

 

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Comentários recentes

  • Anónimo

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