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Amelices e outros estados de alma

50 e´s ainda à procura do sentido da vida.

50 e´s ainda à procura do sentido da vida.

Amelices e outros estados de alma

28
Jun17

E sobre jogos malvados...ganhar, perder


Amélia Folques

Balthus.jpg

 

 

A revisitar hoje o Chris Isaak e a ouvir Wicked game ocorreu-me este texto. O que é estranho é na música ser o lamento de um homem, geralmente são eles os trapaceiros neste jogo.

O ir de menina a mulher é um processo difícil e doloroso, porém necessário. A experiência amorosa é inevitável, mas tem que se tomar alguns cuidados.

Nunca começar a jogar “blackjack” ou roleta russa sem passar nas “slot-machines”. Pensa nas tuas limitações, não te metas com o desconhecido, não arrisques demasiado, no fim não perdes dinheiro, mas a dignidade, amor-próprio, objectividade. Identidade e equilíbrio.

O amor pode ser um jogo sujo, rasteiro onde um manipula, subjuga o outro.

Após lançados os dados nesta partida existe quase sempre um jogador mais fraco, submisso, inexperiente que fica a bel-prazer do outro. Rapidamente fica-se viciado neste jogo, dependendo da próxima jogada, cartada. Esperando sofregamente que a sorte mude e passe a ser uma peça importante neste xadrez. Quantos xeque-mates se pode sofrer? A quantos se pode sobreviver e continuar a jogar.

Sequestrada neste jogo de sorte e de azar, está-se amarrado ao parceiro de “mão”, afeiçoando-te a este jogo, num crescendo sentimento de lealdade, cumplicidade e sujeição perante o outro apostador.

A falácia, armadilha deste jogo é que quem domina a arte permite que ganhes esporadicamente para teres o sentimento que podes igualar a “parada”. Ganhas de vez em quando para te prender nesta obsessão Achando que estás a ganhar, o teu esforço, empenho e dedicação estão a vencer, e assim vais sendo manipulado nesta trapaça. E continuas esperando que o próximo lance te seja favorável. Alucinado, viciado não vês que este jogo está adulterado. Nunca poderás igualar o outro porque te falta experiência, não sabes controlar as tuas emoções, não estás preparado.

A mestria de um jogador é controlar as suas emoções, saber gerir o tempo, prever, antecipar as tuas jogadas. Sendo ele o teu professor és um livro aberto, conhece o teu baralho, as tuas feições e expressões, o teu desespero, as tuas fragilidades.

Mesmo que um “croupier” mais solicito te alerte para o abismo emocional que este estado te leva, não ouves, não queres ouvir nem reconhecer a tua condição.

Amar neste jogo é um sentimento reles, tortuoso. Passamos a depender egoisticamente da existência do outro. Como se só fossemos felizes se o outro o for, mesmo que as suas necessidades não coincidam com as nossas, mesmo que o outro não oiça os nossos gritos surdos de atenção. Pois não passa pela cabeça fazer qualquer tipo de ruído, barulho na verdadeira acepção da palavra, o incomodar o outro neste estado de dependência, é algo perfeitamente improvável, amar assim é doloroso e solitário.

Só reconhecemos a nossa derradeira derrota quando já não existe força anímica para executar a próxima jogada. Como se levantar a alavanca da máquina, premir os botões, lançar os dados, baralhar as cartas, o cavalo ou o bispo pesarem como figuras reais. Tudo é um esforço monumental.

Um dia temos a lucidez que neste jogo não existe paridade, a balança pende sempre para um lado e esse nunca é o nosso, e sempre para quem ganha.

A derrota foi sempre nossa. A partir desse momento aprendemos a jogar só com alguém que jogue o mesmo jogo, com o mesmo baralho, com as mesmas regras. Nunca com um apostador mais experiente, astuto, oportunista.

  

 

Ps-cautelas e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém.

Pintura: Balthus

27
Jun17

Eu, cidadã acuso-me…


Amélia Folques

07_queimada-africana.jpg

Vivi o aluvião na Madeira (vivia no Funchal) em 2010 com um saldo negativo de 47 mortos, 600 desalojados e 250 feridos. O ano passado vivi o incendio na Madeira (tinha lá uma filha de férias) que alastrou para a cidade do Funchal com um saldo de 3 mortos, 2 feridos graves e 1000 deslocados.

Todos os anos existem incêndios violentos. Tudo isto foi um prelúdio para o descalabro de Pedrogão Grande. Este ano foi a tragédia em Pedrogão Grande.

Desde o aluvião aos incêndios a facilidade com que a catástrofe evolui é impressionante e as causas são as mesmas: falta de limpeza nas matas, na floresta, na serra, nas ribeiras, a desestruturação do mundo rural, erros de planeamento urbanístico, o plano de ordenamento do território é inexistente ou não fiscalizado, o desordenamento do mesmo e por ultimo a desarticulação e ineficácia de quem nos deveria socorrer nestas ocasiões.

Li tudo o que havia para ler, vi tudo ou quase tudo que ouve de debates na televisão. Todos ou quase todos são unanimes a negligência e irresponsabilidade com que o estado trata este assunto é transversal a todos os governos. A sociedade civil tem a perfeita consciência que somos governados ininterruptamente por um bando de oportunistas e levianos. Li e ouvi cidadãos comuns com ideias e opiniões bem assertivas sobre esta matéria, catástrofes.

Mas ter uma opinião não chega, tínhamos que nos organizar e criar um movimento de cidadãos concertado e estruturado que exija explicações pelas decisões que tomam e soluções para os problemas.

Eu, cidadã acuso-me, sou responsável devido à minha omissão, complacência pelos nossos governantes. Sou culpada nessa medida por estas desgraças sucessivas.

Eu, como todos nós deveríamos ter uma voz mais interveniente, mais activa e participativa na sociedade. A sociedade civil está dispersa, sabe identificar os problemas mais prementes mas não consegue se organizar para se impor, exigir o respeito que merece. Não sei aonde ficámos manietados, mas é assim que me sinto. Que diabo de fenómeno ocorreu na nossa sociedade que nos levou a ser dirigidos por homens de má índole e de má fé. E nós placidamente assistimos e não nos erguemos, não levantamos a voz e questionamos o que nos levou a este descalabro e tentamos inverter a situação.

Talvez porque o maior bastião da democracia a justiça seja para uso exclusivo dos ricos e influentes e por isso tenhamos perdido a força de intervenção. A luta é desigual, lutar com máquinas políticas, interesses de milhões, jogos de influência e lobbies. Mas se nada fizermos somos coniventes nestes actos criminosos exercidos sobre todos nós.

Gostava de sair desta anemia civilizacional e encontrar cidadãos como eu que queiram reivindicar o nosso espaço, os nossos direitos, o nosso património que é nosso e não para uso e delapidação dos "grandes".

Queria exigir o respeito que merecemos e também por todos aqueles que já foram vítimas da incúria e desleixo dos nossos governantes. Dos que infelizmente morreram, dos desalojados, dos feridos e gravemente prejudicados, dos idosos que não tem voz e sobretudo pelos nossos filhos temos a obrigação de nos reorganizar em prol da sociedade. A sociedade somos todos nós.

 

Pintura: Neves e Sousa

14
Jun17

CR7- brincar aos honestos


Amélia Folques

Muito se tem falado nas televisões sobre a possível fuga ao fisco Espanhol do CR7, 15 milhões.

Ontem ouvi um “entendido” num canal de tv que estava muito incomodado como era nocivo para os fãs do Ronaldo, o seu ídolo não fazer as suas declarações fiscais de uma forma clara e sem subterfúgios, nem esquemas. Como era grave transmitir para os jovens a ideia que se pode fugir às suas obrigações com as finanças. Eu não vejo o CR7 com essa função pedagógica, ficaria feliz se soubesse que não está metido em evasões fiscais, mas não estou à espera que seja ele o elemento diferenciador desta doença, praga.

                Quem deveria ter esse papel acima de todos os outros cidadãos, quem deveria ser exemplo de transparência e integridade são os nossos políticos, elementos do governo, quem gere a coisa pública. Exemplos desde a famosa sisa das casas até coisas bem mais graves com fraudes, evasões, paraísos com métodos sofisticados e intrincados, eles são mestres nessa matéria. Os nossos políticos já sabemos que se puderem não declaram, fogem, omitem nas suas declarações os “seus” bens. Que em boa verdade os “seus” bens são constituídos por bens, património que seriam de todos nós, que deveriam ter sido transformados para utilidade pública e não contas, propriedades particulares. Que eles gananciosamente e deliberadamente subtraíram, roubaram, divergiram aos contribuintes. Quem gere o nosso legado como contribuinte não é isento, nem impoluto.

Estão os vários comentadores tão preocupados com o exemplo do CR7 ?? As nossas leis, até permitem se és político e fores condenado por fraude fiscal após cumprires a pena, podes recandidatar-te a um cargo público novamente. Hilário, volta a por a mão na massa, com a farinha que é de todos nós.

Vamos pedir responsabilidades a quem de direito e deixem-se de macacadas ou melhor falando  faits-divers. Para variar vamos lá ser honestos.

 

08
Jun17

Teoria da conspiração.


Amélia Folques

 cvv.jpg

As pessoas andam sobressaltadas, em permanente frenesim, em constante instabilidade. Tudo se altera, as regras da empresa, os teus direitos e deveres perante a sociedade e as instituições governamentais, o comportamento de quem nos governa. Diariamente ouvimos notícias nos meios de comunicação de estruturas estáveis e sólidas serem desfeitas e reduzidas a nada. Nunca sabes com o que podes contar. Até a nível mundial o panorama está em permanente tumulto. O que gera uma suspeição generalizada de quase tudo e de todos.

Temos terreno fértil para as teorias de conspiração, no local de trabalho, na sociedade em geral, nas famílias se alguém quiser lançar a suspeição para reinar. Nada melhor que uma boa teoria da conspiração para desacreditar algo ou alguém especifico. É tão fácil e está tão disseminada esta “maquinância” que o que é verdade, o falso o que é real e o que se quer sabotar se misturam, gerando a dúvida e a trama facilmente ganha terreno. É lançada a depreciação ou mesmo a desonra só para deter poder, para manipular a opinião dos outros, para governar ou mesmo sem mais razão do que causar dano.

Estou farta das teorias da conspiração, quero claro, transparente, lógico e racional. Não suporto viver com a questão é verdade ou é mentira, está exagerado, está empolado, está desvirtuado, está tramado ou enredado.

 Temos tudo minado de teorias da conspiração, temos que questionar todo o tipo de informação que nos chega, cansa e desgasta tanto estar sempre alerta.

E porque é que pensamos sempre o pior de alguém ou de alguma situação? Onde perdemos o benefício da dúvida e geramos logo um julgamento rápido e repleto de verdades universais que se convertem em histórias articuladas e falsas? Porque não observamos e analisamos as situações com um olhar menos caustico e acutilante.

É tão triste e esgotante se fores tu o alvo de alguma teoria da conspiração, se fores o objecto de eleição de alguma mente maquiavélica e transtornada. Como te defendes? Ignorando e deixando o tempo passar pois ela se desmonta por si? Ou fazendo advogada de ti mesma em praça pública?

 Já diz o povo palavras loucas orelhas moucas. Será tão simples assim???

Discutindo este assunto com uma pessoa muito querida para mim, ela desmontou a teoria da conspiração e demostrou com a lengalenga que passo a descrever ( é uma história em espanhol) e explica como ela nasce, como cresce e insufla:

- Dois homens se cruzam num passeio, um pisa o pé ao outro. O que foi pisado vira-se para o outro cavalheiro e cumprimenta com a frase : Buenos dias senor mio.

E segue o seu caminho. O que pisou ficou a pensar, então pisei aquele tipo e ele em vez de me responder mal, cumprimenta-me e deseja um bom dia. O que ele quer dizer com este :

Buenos dias senor mio???

 Mio del gato. El gato caza al ratón. el ratón se come el queso.

El queso viene da la leche, la leche de la vaca.

La vaca tiene dos cuernos.

Me llamó cabrón!!!!

Conclusão o senhor que pisou, germinou todo um encadeado de presunções e precipitou uma conclusão. Ao contar a uma terceira pessoa o que lhe aconteceu já está o enredo montado, ele pisou fulano tal que o insultou de “cabrón” por algo tão inocente e casual como o incidente de ter pisado sem querer o pé do dito senhor.

Como demonstrado simples assim. Cada cabeça a sua loucura, que tenhamos sempre o bom senso de saber filtrar o trigo do joio e não ir em histórias mais ou menos mirabolantes.

O que me assusta é que a mesma história por mais extraordinária e incrível que seja, repetidas inúmeras vezes passa a ser tomada como verdade.

Buenos dias amigos mios….

 

 

06
Jun17

O “meu homem”.


Amélia Folques

Expressão utilizada em Trás-os-Montes pelas mulheres para designarem o marido, companheiro, namorado.

Em miúda, adolescente e até à relativamente pouco tempo quando ouvia esta expressão causava-me estranheza pela rudeza da mesma. O “meu homem” é conectado com sentimento de posse, algo primário. A minha geração foi educada para não pertencer a ninguém, nem ninguém ser “seu”. Foi criada para ter um namorado, marido, companheiro ou esposo, o que seja mas não com aquele caracter de retenção e exclusividade absoluta, propriedade. A nossa preparação foi para sermos autónomos, ser o nosso sustento, ser responsável por nós, pelos nossos sonhos e ambições pelas nossas decisões. Ter alguém como parceiro para partilhar, dividir, nunca sobrecarregar ou pesar.

Ao usar o termo o “meu homem” existe aqui uma enorme confiança no outro, uma entrega, rendição total da mulher. Este “meu homem” é vital para a mulher. Transfere-se para ele a carga da relação, é o homem. Rendição é uma não palavra para mulheres como eu, a confiança é possível mas estamos sempre alertas. Fomos criadas para questionar, cautelosas, criticas, observar, comparar, interrogar. Este é o resultado da nossa formação para sermos modernas e independentes.

Falando com algumas destas mulheres ainda é assim que tratam os seus maridos, companheiros de uma vida que já morreram, o “meu homem”. Esse cunho que imprimem que os distingue de todos os outros é lindo. Apesar da rusticidade da expressão, agora e só agora admito que é a maneira mais romântica para tratar o ente querido.

Pena tenho que com tanta civilização, socialização, preconceito, evolução não consiga assim definir alguém. Também é verdade que os homens da minha geração foram educados para não terem essa carga, esse peso na relação sobre eles.

Com tanta evolução algo se perdeu. Deve ser maravilhoso confiar cegamente e poder se entregar sem reservas nem restrições de uma forma tão inocente e total. Poder sobrecarregar sem complexos nem sentimentos de culpa. Ter alguém que aceite essa responsabilidade e passe a ser o fiel depositário da tua vida, teres a confiança extrema de o incumbir dessa missão.

O “meu homem” é só e simplesmente isso sem papéis, nem aquisições, sem contratos. É algo elementar que remonta ao principio da civilização. São duas pessoas que se têm uma à outra sem regras pré- estabelecidas é mais simples e talvez não o seja pois a base é a confiança. Tem a ver com a essência das relações amorosas, é dar, acreditar, confiar, entregar.

O meu marido, o esposo (palavra que abomino) já denotam uma sociedade, é o resultado de ter contraído matrimônio, fez-se um pacto, uma união escrita, contratual.

O maior dilema que se coloca caso se queira fazer uso dessa expressão é que as mulheres são educadas para serem seguras, fortes, independentes, autossuficiente. Ao verbalizar o “meu homem” teriam que assumir a sua fragilidade, a sua dependência e submissão. Logo não poderá fazer parte do nosso léxico. Ficamos com os predicados, o politicamente correcto do marido ou com o companheiro ( que me sabe a pouco para uma relação amorosa) , do sensaborão, tedioso e foleiro esposo.

Lamento não ter esse rasgo e poder dizer o “meu homem”, mas já é tarde.

05
Jun17

Lágrimas


Amélia Folques

 

Ouvi há dias um homem por volta dos seus 80 anos dizer o seguinte: em criança tinham-lhe ensinado que os homens não choram, aquilo era coisa de meninas.

Porquê questionava ele na sua 3ª idade, poder chorar é um privilégio de meninas, mas porquê?  Chorar é uma bênção confessa ele.

Lembro-me em jovem a mãe de uma amiga minha contar uma história que tinha acontecido com ela. A minha querida Miocha (é o nome desta senhora) após tirar a carta de condução teve um pequeno acidente com o carro do pai, foi lavada em lágrimas contar ao pai e a resposta dele foi : enxagua essas lágrimas, guarda-as para situações que assim o exijam. Aprendi com ela e sempre que um filho meu chora por tolices digo logo guarda essas lágrimas para quando precisares.

Ainda há pouco tempo ao ver a minha filha numa festa da escola a fazer uma actividade as lágrimas começaram a cair. São lágrimas de mãe, a ver o seu bem mais precioso a crescer. É daquelas coisas que tento disfarçar discretamente, mas uma mãe ao meu lado reparou e disse: ainda bem que não sou a única assim eu posso chorar sem vergonha. Porque é que temos vergonha de um acto tão incontrolável, tão puro e genuino?

Quem já não chorou de alegria num reencontro, por um gesto generoso ou inesperado? Quem já não chorou por solidariedade, quando alguém que gostamos ou mesmo um desconhecido ter sido bafejado pela sorte? Quem já não chorou ao sentir-se reconhecido ou amado? Quem já não chorou ao ver um fim feliz num filme? Quem já não chorou ao recordar algo mágico, um momento, um sorriso, uma palavra?

A vida dá-nos momentos de pura alegria, é generosa, boas surpresas, momentos de sublimação e superação, etapas ganhas, reuniões gratificantes, o inesperado, o êxtase e paixão. Esses momentos também são vividos com lágrimas de alegria e agradecimento.

Quem já não chorou sem razão aparente, sem motivo. Somos surpreendidas por elas mas reconhecemos que estão lá para nos ajudar. Lágrimas quentes e salgadas que caem só para aliviar o peso da nossa existência. Lágrimas que nos dão paz e equilíbrio. Lágrimas generosas que aparecem sem razão e nos lavam a alma.

 Mas quem já não chorou derrotado, convulsivamente, dorido, ferido, apunhalado? A vida nos dá esforço, põe à prova, nos testa, a vida não tem regras, dá dor e decepções, a vida não tem rede, a vida nos traí,a vida dá-nos rupturas e separações dolorosas, a vida não nos prepara para tanta coisa, a vida nos ultrapassa. Em todas estas etapas choramos tantas vezes por cansaço, impotência e frustração, pesar, tristeza e desalento, raiva, medo e dor, injustiça. E temos aquela forma tão intima de nos expressar, de expelir ou somente acalmar toda a dor, toda a mágoa,todo o mal, toda a saudade.

O senhor tinha razão lágrimas são uma bênção, tenho o maior respeito por elas. Em toda a sua diversidade elas são poderosas e necessárias. Só as repugno quando são por tolices, as lágrimas são demasiado valiosas para se perderem por ninharias. Como costumo dizer se for para chorar sobre o leite derramado que seja leite condensado.

 

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