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Amelices e outros estados de alma

50 e´s ainda à procura do sentido da vida.

50 e´s ainda à procura do sentido da vida.

Amelices e outros estados de alma

25
Ago17

Meninas na praia


Amélia Folques

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A receita para ter a família toda reunida nas férias de Verão é deixar que os meus filhos/as convidem amigos/as para passarem connosco alguns dias quer seja na praia ou no campo.

Facilmente vejo-me rodeada por gente jovem, mais ou menos ruidosa e bem-disposta para partilharem estes dias. Este ano não foi excepção e como tenho um número generoso de filhos/as a casa enche-se de jovens, adolescentes, pré-adolescentes e os já ou quase adultos.

As amigas da minha filha iam chegar, meninas com 18 /19 anos. Achei por bem relembrar aos meus filhos que cá em casa os amigos e as amigas são como irmãos e irmãs. Não faltam jovens na praia para romances de Verão. Logo é desnecessário entusiasmarem-se com quem está sob a minha responsabilidade e cuidado. Lá dei o meu sermão de Verão e a coisa ficou assente.

As meninas chegaram. Miúdas giras, divertidas, alegres e desempoeiradas. Como qualquer rapariga daquela idade vinham de calções curtos e camisas a condizer curta. Uma amiga minha que estava lá em casa e assistiu á chegada disse-me que deveria fazer o discurso às miúdas e não aos rapazes.

Não gostei. Não gostei porque os rapazes podem andar de calção de banho e tronco nu e aceita-se mas uma miúda tem que ter cuidados com a roupa na praia porque pode suscitar alguma fantasia na cabeça de um homem. Em pleno Séc. XXI a mulher tem o ónus da devassa, do pecado, têm que ser elas a refrear e resfriar os apetites masculinos.

Porque é que se passa um atestado de infantilidade e imaturidade aos homens e carrega-se a mulher com uma conduta neste caso de vestir de forma a não acordar nenhum instinto primário neles. Eu quero que os meus filhos tenham auto- controle e não sejam umas bestas ao estilo de alguns povos neste planeta. Eu quero que os meus filhos respeitem sempre uma mulher quer esteja fardada ou a fazer top-less na praia. Sou perfeitamente contra este raciocínio, as meninas têm que estar recatadas e tapadas, sobretudo nas férias na praia.

Acho bem que as meninas usem shorts e blusinhas de Verão. Usam porque é Verão, usam porque podem e têm idade para isso, usam porque ficam giras e estamos na praia, usam porque se sentem confortáveis e acima de tudo porque querem.

Os rapazes que estão a meu cargo se lhes der algum desvario eu trato deles, posso sempre desligar o gás na hora do banho.

Em minha casa as meninas são donas delas próprias e não reféns de nenhum papel estereotipado. Os rapazes são jovens saudáveis e nenhuns trogloditas.

22
Ago17

Sunset ou pôr-do-sol


Amélia Folques

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Ficar na praia até ao entardecer é daqueles prazeres que poucas coisas podem igualar.

Adoro ver a praia a esvaziar de gente, a neblina a ganhar terreno, a calma e a paz a encher o que ainda há pouco era barulho e agitação, gritos de crianças, jovens a jogar badminton ou crianças a jogar futebol.

O pôr-do-sol é sempre aquele momento mágico na praia, sobretudo no Verão. Gosto de ver as poucas famílias que esperam por esse momento. Os pares de apaixonados que ficam para se aconchegarem naquele cenário, os grupos de amigos que estão lá em alegre cavaqueira.

O meu pôr-do-sol era assim. Inventaram o Sunset e acabaram com esse momento de retiro, de contemplação, e de encontro connosco ou com alguém que queiramos partilhar esse instante. Eu não sou mulher de Sunset. Os bares de praia fazem cartazes de Sunset´s, um sunset para eles é algo assim bem regado de álcool, uns almofadões imensos espalhados na areia, e uma música estridente. Uma gente armada em hippie-chic e o ambiente está montado.

O meu pôr-do-sol é algo mais íntimo e a banda sonora não é aquela música infernal que me obrigam a ouvir, eu quero o sussurro das ondas ou do vento, algum grasnar de alguma gaivota errante. As conversas abafadas das pessoas. Gosto desses sons, dispenso o barulho do batuque infernal tribal africano ou sul americano com que os Dj nos brindam.

Toda essa poluição sonora me incomoda. Os bares de praia a partir das 18h começam a colocar a música, ás 19h ela está estridente, passado meia hora está perfeitamente incontrolável. Chego a pensar se o DJ estará lá para nos ensurdecer. Esta permissão de colocarem música na praia sem controle é a falta total de respeito pelos veraneantes como eu, que só querem paz e sossego. Só querem estar lá e apreciar o belo a quietude e harmonia, a paz que transmite um pôr-do-sol na praia.

Os ditos Sunset ficam muito bem em qualquer telenovela ou nos “morangos com açucar”. Na vida real são artificiais, plástico, são mesmo agressivos

Podem dizer que me posso afastar e ir para outro ponto na praia. O problema é que se alugo uma sombrinha numa praia com banheiro, uma praia que eu escolhi por diversas razões. Acho que o meu direito a desfrutar da praia é igual ao direito de qualquer cidadão. As minhas escolhas não interferem na liberdade dos outros, gostava que o reciproco fosse verdade.

A única coisa que peço é que se respeite as leis de poluição sonora.

Na realidade eu só quero um pôr-do-sol, daqueles dos antigos.

 

autor da foto: Gonçalo Campos

16
Ago17

Farmácia


Amélia Folques

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Fui a uma farmácia aviar uma receita. Retirei a senha e fiquei à espera da minha vez. Estava uma senhora com uma idade já avançada mas muito bem arranjada à frente de um dos balcões. Reparei que ela ficou nervosa e depois percebi pela conversa com um dos funcionários da farmácia que só agora a dita senhora tinha percebido que precisava de uma senha para ser atendida. No meio da agitação da senhora e do funcionário esclarecer que só seria atendida mediante a senha para não haver protestos de outros clientes resolvi ceder a minha senha e fui buscar outra para mim. Resultado fui remetida para uns 4 lugares à frente do meu anterior número. Como ando sempre em modo rápido e não tenho muito tempo a perder, nem gosto resolvi usar o velho modo de relaxamento, inspira e respira e pensa que fizeste a boa acção do dia ao ajudar esta senhora . E Deus não dorme e um dia posso ser eu, e mais meia dúzia de coisas que sonhamos que existem nestas teorias do retorno e alinhamento do Universo.

A senhora foi atendida e para meu grande espanto queria amostras de cremes para a cara e ia falando e falando sobre a pele dela. Eu fui atendida e a receita aviada e lá ficou a senhora a falar de quando era nova e a pele era outra, e de como estava calor na rua, e das dores e dos achaques que tinha, e que o café estava fechado para férias e sei lá mais o quê. A funcionária que a atendia cheia de educação e simpatia lá ia dizendo que sim ou que não.

Fiz um pequeno exercício de memória e é verdade quando vou a uma farmácia a população que lá se encontra é maioritariamente idosa, geralmente até se vê 1 ou 2 sentados nas cadeiras de espera.  Uma coisa é certa como aquela senhora deve existir milhares de Portugueses que se deslocam às farmácias á procura de alguém que simplesmente os oiçam. Que disponham do seu tempo para lhes dar uns 10 minutos de atenção. As farmácias agora desempenham esse trabalho a bem da sociedade, para a comunidade. Será que alguém  reconhece o valor a estes farmacêuticos, técnicos ou ajudantes de farmácia que se enchem de paciência e bondade para acompanhar e ouvir estas pessoas  que por alguma razão se encontram sem companhia e querem um pouco de calor humano e a encontram numa farmácia. Estranha sociedade que construímos.

Aqui fica um grande bem aja para todos que trabalham numa farmácia e servem de panaceia a quem os procura.

14
Ago17

Sabão azul e branco


Amélia Folques

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Assisti a uma conversa entre mãe e filha. A filha uma mulher por volta dos 30 e muitos 40 anos, a mãe com cerca de 70 anos. A filha explicava à mãe que não podia voltar para o marido, ele a tinha traído com outra mulher e ela não estava disposta a aceitar. A mãe explicava-lhe para não tomar esta decisão a quente, para dar tempo, cerca de 3 meses para compor a relação. A filha mulher bem assertiva e com uma excelente auto estima respondeu à mãe, ele enganou-me agora, se aceitar desta vez ele vai voltar a fazer o mesmo não sei é quando, eu quero respeito, dignidade. A mãe voltava com muita calma a pedir á filha para não deitar tudo a perder, não tomar nenhuma decisão agora, para adiar e reconsiderar.

Apeteceu-me intervir. Estou assim no meio das duas. Compreendo a urgência da filha em querer acabar com tudo. Como ela dizia está casada algum tempo, o marido conhece-a bem, se ela relevar esta infidelidade, indirectamente estará  sujeita a outras que aí viram. Entendo a mãe e o seu velado cepticismo no que concerne ao amor.

O que consigo perceber de histórias de infidelidades no masculino é que o que a filha diz é verdade. Ao permitir, fechar os olhos, branquear ou disfarçar a ocorrência de uma traição física, sim porque existe as que não são físicas, não necessariamente consumadas com uma terceira pessoa e acho que ferem talvez mais que estas infidelidades, está-se sujeita a que eventualmente se repitam.

 Mas também é verdade, pelo menos é assim que vejo estes tristes e por vezes mortíferos acontecimentos num casal é que um homem ao cometer adultério não é o fim do mundo. As mulheres tendem a fazer a comparação com elas e se fosse eu que tivesse sido infiel? Não pode ser feita assim a comparação, a infidelidade no feminino e no masculino são dois universos completamente diferentes e distantes, milhares de horas de luz. Um homem dá uma “escapadela” só pela aventura, adrenalina, tentar afirmar algo a ele próprio acima de tudo. Ou só e mais nada por ter alguém que lhe alimente o insaciável ego, elogie a sua personalidade, glorifique o seu orgulho. Alguém que lhe chame de Tarzan, tigre ou mesmo Sandokan. Os homens precisam deste reforço talvez porque são mais inseguros. Depois têm a coisa extraordinária de separar o papel da mulher e das outras relações de pozinhos de perlimpimpim. Estas ditas conquistas só lhes servem para os enaltecer e vangloriar nem que seja perante eles próprios, talvez só para gozo e realização pessoal.

Compreendo o papel da mãe a tentar desvalorizar a infidelidade do genro, e pedir à filha para pesar bem como tomar as suas decisões.

Nunca no meu casamento o meu marido me brindou com uma encruzilhada destas, logo tudo o que aqui escrevo é resultado de observar, ver o que acontece ao meu redor. E constatar que cerca do 90% de divórcios que acontecem é o resultado de infidelidade do marido.

Mas questiono-me se fosse uma das minhas filhas a pedir-me ajuda, conselho nesta matéria o que diria. Diria que sim, que ao aceitar, perdoar este episódio estaria implicitamente a abrir a porta a outros que por ventura surgissem, isso sem dúvidas, o futuro em relação a esta área será sempre incerto. Mas sobretudo diria para fazer o que o seu coração ditasse. Só ela conhece o marido, só ela sabe o que quer dessa relação, e o que quer para ela. E se não conseguir viver com essa permanente dúvida é melhor seguir noutra direcção, pois a suspeição irá consumi-la. Também pode ser que ele não volte a se por a jeito e tudo se reorganize. Numa relação a dois desde que aja real vontade tudo é possível ou não...

Lembrei-me daquela velha máxima lava com sabão azul e branco, lava mais branco e tira as nódoas mais difíceis.

10
Ago17

Dramas da vida real.


Amélia Folques

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É confuso e até a ser dramático chegar á minha idade e ser corrigida graças ao acordo ortográfico, a roda dos alimentos que se virou do avesso, e até o simples acto de cumprimentar se tornou um bicho de 7 cabeças.

Em qualquer encontro, convívio social deparo-me com esse dúvida 1, 2 beijos ou aperto de mão? Fui educada nos 2 beijos e assim foi até regressar a Lisboa. Vivi na Madeira e ai era 2 beijos, sempre, não havia margem para dúvidas. Desde que voltei confronto-me com esta dúvida, será esta pessoa é de 1, 2 beijos ou de aperto de mão? Se estiver no Algarve, Trás-os-montes, ou na Madeira estou bem é 2 beijos.

Vivi toda a minha adolescência na linha de Cascais e na minha adolescência eram 2 beijos, sem hesitações. Agora na linha é a confusão completa, se tenho um convívio, jantar, almoço, encontro social lá vou eu para a “luta”, voluntariosa e generosa cumprimento com 2 beijos, 70% das vezes lá fico eu com a cara suspensa. As pessoas cumprimentam com aquele ar de descaso, enfado, bem como se fosse uma maçada. Já dar 1 beijo é uma canseira quanto mais 2.No fim a coisa já corre melhor, registei mentalmente e tenho as tabelas com 1, com 2, com aperto de mão e aqueles que bom era dar uma cabeçada, e assim a coisa não falha. Verdade seja dita esta preocupação também tenho que a ter no Porto, já aderiram á moda de me baralhar. 

Não é suficientemente mau ter esta inquietação no social, quanto mais no campo religioso, imaginem na missa. No momento em que o Sr. Padre resolve dizer “ saudemo-nos na paz de Cristo” eu estremeço, olho à minha volta e analiso a situação, serão de 1,2 beijos ou aperto de mão?

Se estiver rodeada de homens agradeço a Deus e penso isto com um aperto de mão se resolve. Mentira, os cavalheiros também querem beijo e volto eu ao meu desassossego.

É o momento da missa que mais detesto. Mas há quem adore. Já vi pessoas que devem tirar esse momento da missa para baterem recordes de beijos, fazem autênticas piscinas na Igreja a angariar o maior número de saudações. Penso mesmo se não existirá este desafio no “guiness” e estarão a treinar.

Por vezes cruzo-me com pessoas que não conheço, ou conheço relativamente pouco tempo e compreendo que seja de 1 beijo pois não conheço a família nem as suas tradições e se existe esta ideia logo teve que surgir em algum lado. Mas todos aqueles que privei em criança, adolescente ou mesmo aqueles que sabemos de onde vêm e agora aparecem com 1 beijo, abomino, mesmo. Como estranho imenso aquelas pessoas que ao beijar nem tocam na outra, fazem um ligeiro ensaio da saudação.

Adoro mesmo é quando o cumprimento é um beijo na mão. Surpreende-me sempre, é o tipo de cumprimento personalizado, toca-me de outra forma. A mim me encanta deparar-me com um cavalheiro, é pena é ser algo em desuso.

 E por favor desçam à terra e Sr. Padre acabe com as saudações na missa, eu quando vou quero paz e sossego. É que não gosto mesmo de beijar estranhos, isto de oscular por aí não é para mim.

08
Ago17

Experiências.


Amélia Folques

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É necessário proporcionar-nos momentos felizes, ter experiências, aventurar-nos um pouco.

Resolvi organizar um programa com umas amigas para termos uma experiência que há muito andava curiosa para a realizar. Andar de helicóptero.

Já me tinha cruzado com este programa umas quantas vezes e andava sempre a adiar. A primeira vez que ouvi falar deste passeio foi quando um amigo meu levou a namorada no seu dia de anos, achei que tinha sido uma ideia fantástica. Realmente é a forma ideal para passar um aniversário, festejar alguma data especial ou fazer algum roteiro mais privado ou romântico com alguém. Pois eu apostei num encontro de amigas. Combinei com duas boas amigas e não foram mais pois este helicóptero só dá para 4 tripulantes, e lá fomos nós.

Chegámos um pouco antes da hora agendada pois não conhecíamos bem a zona, o passeio Marítimo de Algés junto à Torre de Controlo Marítimo. Não havia necessidade destes receios pois está tudo muito bem sinalizado. Fomos muitíssimo bem recebidas por um jovem de nome João. Um autêntico relações públicas, conversador e simpático. Depois de tomar um café tivemos a nossa mini aula de segurança e esclarecimentos sobre o voo. Estávamos prontas para embarcar. Eu ia muitíssimo apreensiva pois tenho um medo terrível de alturas.

 Demos início ao passeio, bem foi lindo. Nem me lembrei das vertigens. A vista distraiu-me completamente. O Tejo é magnífico, e está ladeado de pontos interessantes, ambas as margens oferecem imagens curiosas de tal maneira que não conseguíamos fixar muito tempo em um ponto em particular, pois surgia outro com mais ou outro interesse.

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Cerca de aproximadamente 10 minutos chegámos á outra margem. O helicóptero pousou no Hotel Quinta Tagus onde iriamos almoçar regiamente. Este programa que fizemos além do passeio de helicóptero de ida e volta também incluía almoço no restaurante do Hotel Quinta Tagus. Fomos recebidas com algum cuidado e ficámos a cargo de um colaborador do Hotel, o Rafael que era um jovem cheio de iniciativa e de uma disponibilidade encantadora. Enquanto bebericávamos uma taça de espumante podemos explorar os jardins do Hotel Quinta Tagus, que tem uma vista fantástica, o ângulo de visão cobre desde a ponte sobre o Tejo quase até ao Bugio.

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Fomos almoçar, a ementa já estava destinada e era sugerida pelo restaurante. Eu queria era mesmo aquilo, alguém que pensasse por mim e me surpreendesse. Ficámos no exterior do Hotel Quinta Tagus, debaixo dos pinheiros com vista para o jardim, Serra de Sintra, Belém ou até para o Cristo Rei.

 A ementa do almoço nem sempre é a mesma conforme o Rafael nos esclareceu. A nossa estava excelente, o vinho foi sugerido pelo Rafael. Revelou ser uma excelente escolha, era mesmo ideal para senhoras. Marchou todo, não ficou uma pinga que seja. Tivemos de entrada um gaspacho Algarvio que nem de propósito pois aprecio bastante e sabe tanto a Verão, uns ovos com cogumelos selvagens e shitake que adorei. Depois uns mexilhões em escabeche que não tinham nada a ver com o conceito de escabeche que conhecemos, tinham um certo toque oriental.

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O almoço propriamente dito foi uma interpretação de bacalhau á Lagareiro e bife á Portuguesa, aí eu já não conseguia comer mais. Por fim a muito custo comi uma cheesecake de lima que estava soberba. A pannacota também é de se experimentar.

O vinho realmente acompanhou todos os pratos na perfeição. Era Vallado branco, bem fresquinho, maravilha.

A cozinha do restaurante está a apostar na cozinha tradicional Portuguesa mas com ligeiras nuances. Que na minha opinião beneficiam e enriquecem o prato, nem que seja pelo factor surpresa.

O almoço decorreu na maior tranquilidade e paz possível, o local ideal para ter um almoço descontraído e informal com um serviço 5 estrelas. Era tudo o que nós estávamos a precisar, falar, rir, comer e beber.

São momentos que aproveitamos para estar alheadas um pouco do nosso dia-a-dia, actualizar as nossas conversas, fazer os nossos desabafos, rir descontraidamente, brincar com a nossa vida e brindar à amizade. Ter um dia com um tratamento diferenciado, um miminho e desfrutar da companhia das nossas amigas é necessário para o nosso equilíbrio e bem-estar. Este espaço proporciona-se excelentemente para este efeito.

Após o almoço o Rafael levou-nos a conhecer o outro lado do Hotel, o que está reservado aos hóspedes. Tenho que ir lá passar um fim-de-semana, fiquei encantada. Vimos a piscina muitíssimo bem enquadrada sobre o Tejo, as cavalariças onde o dono do Hotel tem uns belos exemplares de cavalos Lusitanos, a horta, o picadeiro. Tudo com muito charme e com um toque a campo.

 

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Já eram umas 16h e tínhamos que regressar. O nosso piloto, o André estava á nossa espera. O André foi um excelente piloto e uma simpatia, descontraído e prestável. Regressamos e para meu espanto foi demasiado rápido, não sei se terá sido do vinho que eu perdi a noção do tempo.

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Enfim, uma coisa é certa fiquei fã de andar de helicóptero. Adorei o programa que eles ofereceram e nós usufruímos. Só tenho que dizer que queria mais 10 minutinhos no céu de Lisboa.

A equipa do Lisbon Helicopters não podia ter sido mais solícita, nota 5. O Hotel Quinta Tagus também ficou muito bem avaliado por todas nós. Arrisque não tem nada a perder e tudo a ganhar.

 

Benditos momentos que nos dão folgo, vida e energia para voltar à rotina do dia-a-dia.

Benditas amigas que partilham estes momentos connosco.

 

E como diz uma amiga minha:

- As meninas "boas" vão para o céu e as outras vão para todo o lado. 

 

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 http://lisbonhelicopters.com/

http://quintadotagus.com/

03
Ago17

Momento Zen do dia.


Amélia Folques

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Tenho um local encantado guardado no maior sigilo onde sempre que posso fujo ao fim do dia, uma esplanada á beira mar. Seja de Verão ou de Inverno. Se posso vou refugiar-me no meu espaço Zen.

 

É um tesouro meu, bem guardado. Geralmente esta esplanada tem poucos clientes, e esses são discretos e sossegados. Os empregados solícitos sem serem maçadores. Tem uns cadeirões de verga perfeitos, fabulosos para afundar-me neles. Gosto de ficar ali perdida em mim a olhar o mar e a saborear uma cerveja preta bem fresquinha.

 

Um dos meus mais secretos prazeres. Entregar-me a este dolce far niente.

Existem momentos que tudo o que quero é desaparecer, e ir para a minha esplanada e sonhar. Keep dreaming.

Como diria António Gedeão: 

Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida.

01
Ago17

Colegas de trabalho


Amélia Folques

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Os colegas de trabalho não são valorizados, na hierarquia das relações e no senso comum não entram no escalão dos amigos.

É assim uma sub categoria dos vários tipos de relacionamentos que temos e damos às pessoas com quem interagimos no local de trabalho.

Não sei se é da palavra trabalho associada ao colega que diminui essa relação, não a elevamos a outro nivel. Não a levamos tão a sério como eles merecem.

Nos vários locais de trabalho que passei ganhei amizades fantásticas. Por vezes pessoas tão diferentes de mim, as nossas formas de estar na vida tão dispares e encontramos tantos pontos de encontro, afinidades, cumplicidades e entendimentos.

 Também já tive o infortúnio de me deparar com excelentes imbecis, magníficos idiotas, gente completamente desprovida de valores, ética e educação, cooperação e sentido de missão, de um oportunismo desmedido. Infelizmente existe de tudo um pouco.

Mas voltando ao tema de hoje, um singelo elogio aos meus colegas de trabalho. Só posso confessar que felizmente encontrei colegas de trabalho tão bons quanto os ditos amigos. Pessoas que estão lá para me dar um alento, um sorriso quando estou saturada ou desanimada com algum problema ou dificuldade, um vá lá que isto vai melhorar, tem calma, respira, inspira… Chamam a atenção de algum erro pela positiva, ajudam a focar no principal, ensinam, promovem o nosso crescimento, colaboram, elogiam e brincam e aprendemos sempre algo com eles.

A verdade é que passamos mais tempo com os colegas de trabalho do que com os nossos ditos amigos.

Talvez prezamos mais os nossos amigos pois passamos com eles tempo com mais qualidade, quando nos encontramos com os nossos amigos geralmente o ambiente é mais relaxante e simpático e a nossa disposição também. O local de trabalho pode ser cinzento, tenso e dissimulado, pouco hospitaleiro para desenvolver novas amizades, andamos desconfiados de tudo e de todos. Mas no meio deste enquadramento existe sempre alguém que se destaca e aproxima-se mais da nossa forma de estar na vida ou na empresa e assim aparecem os colegas de trabalho. Os colegas de trabalho mais próximo de nós são com quem por vezes desabafamos o nosso desconforto ou decepção pela forma que o trabalho nos corre ou qualquer outro contratempo, trocamos opiniões e ideias. Mas não é só de trabalho que acabamos por falar, é difícil não reparar quando um de nós tem algum problema pessoal, familiar, profissional ou outro. Por vezes é injustamente com quem descarregamos a nossa frustração, ou irritação se algo nos vai mal. Acabamos por contar mais de nós do que seria suposto de acordo com os dogmas sociais com alguém que partilhamos o trabalho, acabamos por viver um pouco as suas alegrias, ambições ou preocupações e tantas outras emoções ou sentimentos. São relações de muitas horas, diárias, são relações que naturalmente e involuntariamente desenvolvem-se. São relações que para mim são fundamentais para a minha estabilidade e equilíbrio, para a minha sanidade mental.

O local de trabalho pode ser terreno inóspito e agreste se tivermos um colega de trabalho que seja,  a vivência nesse sitio torna-se mais suave.

Graças a Deus aparecem sempre uns anjos da guarda que são os meus tão queridos colegas de trabalho.

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