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Amelices e outros estados de alma

50 e´s ainda à procura do sentido da vida.

50 e´s ainda à procura do sentido da vida.

Amelices e outros estados de alma

23
Fev18

Restaurantes e bom senso.


Amélia Folques

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Quando os meus filhos eram mais pequenos tinha o cuidado de só frequentar restaurantes ou hotéis onde sabia que a população alvo desses estabelecimentos seriam famílias com crianças. Nunca me aconteceu um restaurante ou hotel de alguma forma me tenham dado a entender que proibiam ou teriam reservas no direito de admissão à entrada de crianças. 

O problema passava porque eu não me sentia á vontade num local com os meus filhos sabendo que podia afectar a paz a terceiros. Os meus filhos não eram particularmente mal-educados muito menos insubordinados eram normalíssimos. Mas eu tenho consciência que as crianças são anjos mas também podem ser mini diabos. Enfim eram só crianças saudáveis e que tinham tanto de adorável como de diabólico.

Acho que ninguém é obrigado a ouvir, “aturar”, presenciar a actividade de um grupo de crianças num local que se supõe ser para relaxar, desfrutar e ter alguma paz. Onde por vezes se paga caro e queremos mesmo é que nada nos importune, sem ruídos nem desassossegos. As crianças conseguem ter muita actividade e energia, também podem ser surpreendentes, por vezes bem pela negativa. Em caso de dúvida nem saia de casa.

Levo a sério aquela máxima que a minha Liberdade termina aonde começa a Liberdade dos outros.

Agora tenho que voltar a seleccionar os restaurantes, não por causa dos meus filhos que já são grandes e querer evitar dissabores a terceiros não fosse "dar a breca" a algum deles. Mas pelo facto de não ter que interagir com ninguém que me apareça com um bichinho mais ou menos exótico na mesa ao lado.

Esta lei que permite partilhar o mesmo restaurante com animais é no mínimo assustadora. Almoçar com um cão ou um gato, um hamster, uma iguana ou mesmo uma cobra efectivamente não me seduz nada. Em relação aos cães e gatos a minha relação até nem é má, mas existem várias raças, diferentes tipos de donos, etc que já não me oferecem grande tranquilidade e isto de ver comer pode despertar o pior lado de um animal.

Ao fazer a escolha do tipo de comida e em que zona da cidade quero comer ainda tenho que ter em conta se o estabelecimento aceita bichos. Se por engano entrar num destes restaurantes tenho que esperar que a gestão desse restaurante faça um escrutínio rigoroso do dito animal, se está limpo o suficiente, se parece doente, etc. Resta saber se irão ter veterinários residentes nestas unidades de restauração para garantir as condições de higiene e saúde dos bichos.

Eu tenho um cão e garantidamente não irá a restaurante nenhum. Porque é brincalhão e curioso demais, porque ladra e fica nervoso em ambientes estranhos, porque larga pêlo, porque é guloso, porque parece que é eléctrico e não vou mantê-lo preso 1 ou 2 horas num restaurante (só se for com um calmante), porque também pode ser bastante surpreendente e mais uma vez pela negativa. Fofinho, amigo e delicioso mas é um cão. E mais uma vez em nome da minha paz e a dos outros, enfim o meu bom senso assim o dita.

Digam-me num restaurante onde quem pede um bife em sangue, um bife na pedra, um fondue já para não falar de um bife tártaro e não é assaltado pela bicharada quase toda que estiver no estabelecimento?

Digam-me quem consegue comer coelho olhando para um gato ou um hamster ao lado?

Digam-me quem é que está sossegado, num restaurante com um cão a ladrar a um gato, ou um gato eriçado porque viu um bicho exótico, um réptil nojento a passear nas costas do dono ou um ratito na mesa do lado?

21
Fev18

A invasão Chinesa.


Amélia Folques

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Estamos nós a discutir a problemática da evolução do mundo Árabe na Europa. A migração vinda destes países, a sua intromissão na nossa cultura, a sua expansão no nosso mundo quando nestes dias tive a noção que o maior “ataque” à nossa sociedade vem dos países Asiáticos, sobretudo da China.

Estive em Paris e deparei-me com a nova invasão, a invasão Chinesa. Vêm em excursões numerosas e taciturnas. Inclusivamente já viajam aos pares, ou em pequenos grupos. Paris é deles, tomam conta de tudo: são os museus, monumentos, palácios, pastelarias, lojas de griffe. Tudo que meta brilhos, dourados, brocados, cetim, seda ou veludo lá estão eles.

Estás tranquilamente a apreciar algo e por infortúnio calha ser também do interesse do bloco amarelo és estrategicamente remetido para canto para o dito povo poder se colocar mesmo em frente do objecto e fotografar sob todos os ângulos possíveis e imaginários. Não sei se lá por virem do outro lado do planeta lhes confere estatuto de turista com carácter de excepção. Mas estou crente que eles assim o entendem.

Fui jantar dia 15 de Fevereiro a um restaurante na rue du Mont Thabor. Ao entrar nesta rua fiquei admirada por estar toda decorada com iluminações com motivos Chineses. Sabia que o ano novo Chinês seria dia 16 de Fevereiro, desconhecia era que os Franceses o celebravam. Ao jantar perguntei ao garçon se o bairro Chinês em Paris era lá próximo, estava intrigada com tanto festejo. O empregado do restaurante explicou-me muito claramente, os turistas Chineses são muito importantes para a cidade de Paris daí a atenção e cuidado com o Ano novo Chinês. Nesse restaurante ficámos numa sala, havia outra sala mais recolhida onde só estavam Chineses e bem o restaurante era bem Francês.

Versalhes para os Chineses deve ser o apogeu do requinte, clímax da sofisticação, o Nirvana do luxo, exemplo a seguir para demostrar ostentação e riqueza. Os Chineses passam-se com tanto dourado. Fiz o palácio a correr pois pensei que podia ser esmagada pela vaga vinda da Ásia. Só quando cheguei ao jardim pude ter ar e ter tranquilidade.

Eles não são ruidosos, nem agressivos, nem espalhafatosos, são é mesmo sinuosos. Vão ocupando o espaço por vários quadrantes e quando dás por ti estás lá atrás e tens a muralha da China à tua frente. Versalhes é um exemplo bem típico da importância dos Chineses para os Franceses, as placas de sinalética dentro do palácio estão também em Chinês.

A língua Chinesa aparece em vários sítios: nas placas com indicações na cidade, no metro o sistema informativo dá as informações oralmente em Chinês. E eu pergunto e os nossos emigrantes não serão importantes para os Franceses, só em Paris existem cerca de 910.000 Portugueses registados no consulado. E não existe nada com a nossa língua.

Temos que ter muita atenção onde andamos pois podemos pisar ou dar um encontrão a algum Chinês que se encontre a tirar selfies ou fotos em posições artísticas. No meio do nada surgem a tirar fotos. São os reis das fotos e das selfies mais elaboradas, mirabolantes que vi até hoje. É tudo estudado, nada é deixado ao acaso.

É curioso o facto de serem poucos os que visitam as Catedrais, igrejas, ou mesmo os Invalides. Talvez porque aqui não predominam as cores reluzentes e os tecidos lustrosos.

Mas na porta da Louis Vuitton ou da Chanel lá estão eles em fila para entrar.

Por favor, por amor de Deus. Numa loja onde o preço mais parcimonioso para uma carteira é superior a 2.000 euros vou colocar-me numa fila para entrar? Quanto muito vão-me buscar ao hotel de limousine. Suponho que daqui vem a expressão paciência de Chinês, aliada é certo com o poder económico que têm agora, mais a suposta liberdade que gozam e uma necessidade exagerada por artigos de franco luxo.

Numa dessas lojas de griffe estava eu a estudar a compra de uma carteira ou de uma écharpe pour moi com uma meia dúzia de Chinesas à minha volta. Por fim lá fiz a minha opção, enquanto pagava assisti a uma Chinesa que só tinha comprado 5 carteiras. Depois de pagar entregaram-lhe os sacos todos belamente acondicionados. Pois a boa da Chinesa mandou abrir os sacos para conferir as carteiras. Não sei se pensou que no meio da transacção lhe tinham trocado a mercadoria por artigos contrafeitos na China. Povo desconfiado.

Será que cada um deles vem a Paris para comprar o último modelo de uma carteira ou de outro objecto de luxo para depois fazerem cópias em uma qualquer fábrica deprimente utilizando mão-de-obra infantil e assim obtém o retorno do dinheiro gasto no absurdo do preço destes produtos na loja. Não sei, mas achei tudo isto tão estranho, tudo tão desmesurado.

O garçon do restaurante tinha razão os Chineses são mesmo importantes para a cidade de Paris. Devem deixar milhares de euros diariamente em compras, e nos serviços que utilizam.

A Europa está subjugada aos países emergentes, que se regem por regras e princípios que não são os nossos. A Europa quer é dinheiro para manter o seu estilo de vida esquecendo que para o manter perde a propriedade pelo seu país. Quantos Parisienses sentiram a cidade como sua?

Nós por cá vendemos vistos gold e património, vendemos empresas estratégicas e pilares da nossa autonomia, vendemos imobiliário aos Chineses. Não damos por eles porque em Portugal ainda não andam aos magotes.

Curioso é sermos umas das poucas cidades que não têm uma China town, em boa verdade nós nem sabemos onde vivem os que cá residem, se no bairro multi cultural da Almirante Reis ao Martim Moniz ou noutro lado qualquer. Na zona do Martim Moniz principalmente, assim como um pouco em toda a Lisboa vê-se cartazes nas janelas das lojas ou apartamentos com caracteres chineses. Para alugar, para vender eu sei lá com o quê pois não sei Cantonês nem Mandarim.

Vamos continuar a vender aos Chineses o nosso país e a comprar baratinho e tudo feito de plástico bem tóxico com a identificação MADE IN CHINA. Um dia destes acordamos com os Chineses a tomar conta de tudo e és colocado no patamar inferior da hierarquia social do teu país, esmagado por toda uma civilização que não é a tua. Quando eles precisarem vão tomar conta da Europa e nós nem nos apercebemos como tudo isso aconteceu. Mas uma certeza tenho, é que foi executado de uma forma estratégica, silenciosa, discreta e bastante sinuosa.

14
Fev18

Dia dos namorados e namorados que proíbem, perseguem e abusam.


Amélia Folques

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Este tipo de notícias choca-me e o pior é que os números continuam a aumentar. Fico atónita, desconcertada quando neste artigo refere crianças de 12 anos que tiveram ou estão numa relação de intimidade. Não sei se a origem desta aberração virá de casa, da escola, da sociedade, da tv ou das redes sociais, mas sei que há que encontrar alguma forma para acabar com este flagelo.

O namoro deve ser uma fase rosa, de descoberta, sintonia, companheirismo, alegria, mágico. O namoro deve ser feito de afecto, união e cumplicidade.
É certo que o namoro na adolescência é “ violento”, mas a violência está na dimensão do sentimento, na avalanche de emoções, na torrente de perguntas e respostas fase à descoberta do mesmo. Como é que no meio destas variáveis entra a violência física/psicológica gerada pela pessoa que se ama? Viver com esta ambiguidade só irá criar traumas, feridas para o resto da vida. Fase a esta realidade e tristes estatísticas, temos que alertar aos nossos jovens que toda e qualquer tipo de violência não é admissível, urge encontrar medidas para evitar estas situações, na escola, na tv. São dois sentimentos que não vivem juntos, cujo propósito não é o mesmo.

Quem ama cuida, ajuda, apoia. Quem ama não esmaga, ridiculariza, humilha. Quem ama não proibe, persegue ou abusa.

Fazendo fé nestes dados preocupa-me o número de jovens que nunca saberão o que é respeito e ser respeitado pelo outro, as alegrias únicas de um amor saudável, o que é um amor genuíno que os faça crescer e realizarem-se nesta comunhão.

Feliz dia dos namorados e não se esqueçam das palavras Caetano Veloso na música Sózinho:

Quando a gente gosta 
É claro que a gente cuida 


DN/ Namorados acham normal proibir, perseguir e abusar

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08
Fev18

Momentos de ternura com o piolho.


Amélia Folques

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Recebi um mail do colégio da minha filha mais nova.

O assunto: - Prevenção da proliferação de piolhos.

Tema este que me dá sempre grande ânimo e oferece a toda a família uma nova dinâmica, a tão familiar caça ao piolho. Momento único para criar laços, trocar mimos. A magia ao contemplar um filho a coçar a cabeça e sabemos que não é porque está a ter nenhum pensamento complexo ou profundo, ou estar a acontecer uma epifania.

A revelação: - mamã, tenho piolhos.

Lindo, eu só penso entre ter piolhos e uma negativa mil vezes a negativa. O fazer as camas de lavado de urgência logo após a descoberta e não interessa a que horas foi feita a aparição do simpático intruso. Troca de almofadas, lençois, pijamas, toalhas de banho tudo para lavar a 60º, ver o stock dos "quitosos" e afins.

Como mãe de 4 criaturas que servem de meio de transporte temporário a estes minúsculos alliens  já lutei, interagi, guerreei e por fim rendo-me a estes alegres bichinhos. Eles são muito divertidos, brincamos às escondidas e eles saltam até voam, a loucura para os caçar.

Pensei elevá-los à honrosa categoria do nosso animal de estimação preferido lá de casa. Passam pelo menos 2 temporadas connosco. Estou dando inicio á primeira temporada deste ano após este mail escolar e depois voltaram maravilhosos no fim do ano escolar certamente.

A família diverte-se tremendamente com eles. Eu grito, vou-vos cortar o cabelo, as meninas choram e bradam e prometem que vão lavar com os shampoos todos que existem no mercado, os manos gozam. Ralho com eles pois já houve tempos que eles é que eram os fiéis compinchas dos pequenos camaradas. Lá volto à carga e ameaço se me aparece um que seja na minha cabeça vivo ou morto vocês estão tão ”feitas à desgraça”, esse cabelo de Ranpunzel vai ficar igual ao Peter-Pan e mais promessas e choradeira.

 Assim vamos nós com os pequenos diabretes, amigos de longa data que nos proporcionam momentos familiares plenos de ternura.

06
Fev18

Assédio e assediadores.


Amélia Folques

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Não pretendia escrever sobre este assunto porque muito já foi dito, muito foi exacerbado, muito foi descontextualizado e desvirtuado, muito foi adulterado ou adaptado de acordo com as normas da sociedade que se pretende actual.
Chegámos á conclusão que todos nós já tivemos a nossa cota parte de “assédio” no trabalho, na escola, na sociedade, enfim em todo o lado.
Hoje vou contar uma história que presenciei, por incrível que seja não é de uma vítima de assédio mas de alguém que foi acusada de assediar. A pessoa agora considera hilariante, obviamente na altura não achou piada nenhuma.
Chefiava essa mulher uma equipa só de homens. Uma equipa funcional, harmoniosa, bem estruturada quer em qualidades humanas como tecnicamente. Um elemento dessa equipa ficou viúvo, o que foi um momento dramático. A Chefe tentou ajudar no que estava ao seu alcance para o Senhor reorganizar a sua vida, ajustar as exigências do trabalho á sua família pois tinha filhos pequenos.
Passado alguns meses deste triste acontecimento ela foi chamada á atenção, por outros responsáveis de departamento, porque o seu colaborador andava a frequentar com alguma regularidade departamentos ou salas onde a população era maioritariamente feminina. O que provocava uma certa destabilização a essas equipas pela sua insistente presença, perturbava o bom funcionamento dessas colaboradoras.

Ela achou melhor não dar muito ênfase a isto, deu-lhe o benefício da dúvida. O coitado passou o choque de ser viúvo e agora anda à procura de novo rumo à sua vida, tomou consciência que é solteiro pensou ela isto vai acalmar. Não lhe quis dizer directamente o que lhe foi dito e tentou arranjar uma solução para este problema diplomaticamente. 
Resolveu dar-lhe mais trabalho em sala de forma a minimizar as saídas dele da sala de trabalho e evitar os pretextos para andar a passarinhar nos outros departamentos. Quanto se ausentava por tempo excessivo  fazia-lhe notar que tinha demorado demasiado para ele ter a noção do tempo que esteve fora do local de trabalho em tarefas incertas, não quando saia para o café ou outra ausencia normal e natural. Bem andava a fazer de baby sitting a um adulto para evitar problemas de maior para a personagem, não fossem as queixas escalarem hierarquicamente.
Houve um dia que ao entrar no café/refeitório da empresa uma colega vem ter com ela, a colega estava manifestamente escandalizada porque tinha ouvido que o Sr. Xpto andava a dizer que ela o estava a assediar.
A responsável pelo departamento onde este senhor trabalhava ficou estupefacta, estarrecida mesmo. Um tipo que ela tinha-se preocupado, tinha tido algum cuidado, solidariedade, camaradagem, ela que tinha tentado “gerir” o seu desgoverno, desnorte com descrição e ele estava a lançar calúnias sobre ela, uma aberração. Não fez queixa aos recursos humanos nem foi falar ao director só pela simples razão que tinha pena daquele pobre diabo, era estupidez a mais.
 Simplesmente o chamou de idiota, um idiota chapado. Nem quis saber qual o tipo de assédio sexual ou moral que este infeliz se dizia alvo. Nunca mais teve confiança nele, desculpou ou perdou porque era mesmo um pobre de espirito. Ainda ficou algum tempo mais na equipa e depois foi para outro departamento, sinceramente com muito alivio dela. Alguém que fez isso podia fazer bem pior.
A empresa não era grande e toda a gente a conhecia por isso o estrago da sua minha imagem não sofreu abalo no local de trabalho. Quem não gostava dela deve ter adorado este fait divers, quem gostava ou só simplesmente a conhecia sabia que ela jamais iria “aprisionar” alguém na sala de trabalho para qualquer fim mais ou menos escuso, que toda aquela difamação era delirio dele.
Isto tudo para dizer que é fácil caluniar, adulterar a mensagem, desvirtuar sentimentos ou comportamentos. Se não tiveres um caminho íntegro, sem mácula, se não tiveres amigos, se onde estás inserido não te conhecerem ou acreditarem em ti estás desgraçado ficas atolado em lama rapidamente. São necessários demasiados requisitos para provar a tua inocência. Infelizmente é mais fácil ajuizar, pensar mal do outro que bem, podendo provocar danos irreparáveis. Fazemos isto com uma ligeireza e inconsciência assustadora. Vale bem a pena pensar nisto.

02
Fev18

A polémica idiota das meninas da F1.


Amélia Folques

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Alguns anos atrás fui a Londres com a minha filha teenager e umas amigas dela. Eis que me deparei nas lojas da moda para essa faixa etária Hollister ou a Abercrombie & Fitch com uns jovens matulões bem saudáveis e divertidos que figuravam à porta destas ditas lojas. Foi o deleite para as miúdas, uma sessão de fotos com aqueles Apólos, piropos e entraram na loja para fazerem as suas compras. Informei-me e esses gloriosos jovens já não existem a decorar estas lojas. Tristeza para as catraias e suas mães.

Eu que sou bastante crítica na utilização que se dá ao ser humano em determinadas situações ou funções não vi mal nenhum nisto. Os jovens estavam bem-dispostos, simpáticos, deviam ser bem pagos para entreter as clientes jovens. A loja ganha e eles também. Para um jovem estudante este tipo de emprego não é mau, sempre é melhor do que estar a atender clientes na frente de um McDonald´s ou afins.

No exagero que vivemos discute-se a proibição das hospedeiras (suponho que é o nome que se dá ás meninas que aparecem a fazer publicidade nas pistas de F1). Mais uma vez não me choca nem agride. São mulheres jovens, bonitas que são pagas para promover uma qualquer marca. As ditas hospedeiras existem se o evento for a promoção de um produto farmacêutico, uma feira de turismo ou telecomunicações, ou mesmo um qualquer simpósio médico vestidas de acordo com o acontecimento. Se nos autódromos aparecem mais exibidas está de acordo com o momento, corridas de F1 é tudo um exagero. Estas jovens geralmente não são propriamente desprovidas de beleza nem de simpatia. É gente bonita e agradável. Ganham um dinheiro relativamente fácil e mais uma vez é melhor do que estar presa numa caixa de supermercado, grande superficie a atender clientes numa marca de roupa, ou mesmo num fast-food qualquer. É o tipo de trabalho que qualquer jovem procura para equilibrar os seus gastos de estudante ou não só. Por vezes é trabalho executado por modelos profissionais que fazem estas campanhas.

 Vamos lá ver um jovem ou uma jovem bonita, simpática é sempre uma boa imagem de marca, ambos ganham qual é o problema? Vivemos tempos de santinhos do pau oco.

01
Fev18

Dia 30 de Janeiro ou Dia da Saudade.


Amélia Folques

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Dia 30 de Janeiro ou Dia da Saudade. Que disparate Saudades assolam-me todos os dias.

 

Saudades, bem disso percebo eu...


Saudade da praia, do sol, da brisa quente no fim do dia no Verão.

Saudade das cerejas e dos figos.

Da magia das 12 badaladas, e do Pai Natal.

Da inocência, da candura, na despreocupação, na leveza, na fé e na certeza da vida.

Dos meus filhos em bebés. Do calor dos seus corpinhos, do cheirinho, do sorriso, das mãozinhas pequeninas agarradas ao meu dedo.

Saudade de poder dizer a Mãe sabe tudo.

Da mão da minha Mãe na minha, da sua confiança e dos seus conselhos (calma filha).

Do arrepio na espinha da espera, na entrega sem limites e desinteressada.

Do sorriso único que abria o Paraíso. Do refúgio e o aconchego do abraço.

Saudade de puder matar Saudades.

Saudade de acreditar nos meus Sonhos e que iria vencer e ultrapassar tudo.

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