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Amelices e outros estados de alma

50 e´s ainda à procura do sentido da vida.

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Amelices e outros estados de alma

02
Nov17

Dia de Todos-os-Santos e o Dia dos Finados


Amélia Folques

almas.jpg

Quando se nasce temos a companhia, o amparo, o amor de uma Mãe. Não se nasce só. Embora não nos lembremos desse momento sabemos que é acompanhado de amor, carinho aconchego, calor humano.

Porque será que quando se morre podemos estar sozinhos, no esquecimento, sem o afago de uma caricia na testa, uma mão para agarrar, um beijo de despedida, uma palavra para dar fé, paz ou conforto.

De tantas declarações e intenções dos direitos do Homem, o artigo “todo o Homem jamais deveria morrer só” deveria constar, ser mandatório.

Quando a minha mãe piorou esteve sempre acompanhada. Quando foi hospitalizada durante o dia tinha sempre a família, à noite o meu pai ficava com ela. Isso me dava paz pois sabia que nunca iria estar só.

O momento final deve ser tão aterrador, tão misterioso, enigmático que uma mão para apertar, um sorriso de alento, uma palavra de coragem para enfrentar o desconhecido deve ser tão reconfortante. Essa passagem para o incógnito certamente será intimidante, termos quem nos dê o auxílio para fazer essa ponte deve ser tão consolador.

Eu sei que é algo que não se pode prever ou controlar, nem quando nem como. Também sei que o momento pode ser traiçoeiro. Ideal seria que fosse acompanhado por um amigo, um familiar querido mas também pode ser um estranho, desconhecido. Passamos por tantos nesta vida, que se cruzam connosco, ajudam, tiram-nos um sorriso, um pensamento, uma ideia, dão-nos luz.

Lembrei-me dessas pessoas anónimas que passam na nossa vida aparentemente sem nenhuma razão e ajudam a que os nossos dias fiquem melhores.

O dia de Todos-os-Santos dedico-o a todos aqueles que incognitamente e desinteressadamente estão cá para nos amparar, auxiliar. Dedico a todos aqueles que nos socorrem e que gostam da nossa pessoa, que se preocupam e cuidam de nós sejam familiares ou amigos.

Pois somos todos tão humanos tão falíveis e tão sós.

A Todos-os-Santos que confiamos e recorremos em oração e a Todos os Santos que estão entre nós, que nos amparem e protejam sempre e nunca nos falhem.

 

 As Alminhas são de todos.

Pois quem é que lá não tem

um parente, ou um amigo,

um Bom Pai, ou Santa Mãe?

e eu acrescento  e um desconhecido que se tenha cruzado connosco.

 

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  • Anónimo

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