Dia dos namorados e namorados que proíbem, perseguem e abusam.
Amélia Folques
Este tipo de notícias choca-me e o pior é que os números continuam a aumentar. Fico atónita, desconcertada quando neste artigo refere crianças de 12 anos que tiveram ou estão numa relação de intimidade. Não sei se a origem desta aberração virá de casa, da escola, da sociedade, da tv ou das redes sociais, mas sei que há que encontrar alguma forma para acabar com este flagelo.
O namoro deve ser uma fase rosa, de descoberta, sintonia, companheirismo, alegria, mágico. O namoro deve ser feito de afecto, união e cumplicidade.
É certo que o namoro na adolescência é “ violento”, mas a violência está na dimensão do sentimento, na avalanche de emoções, na torrente de perguntas e respostas fase à descoberta do mesmo. Como é que no meio destas variáveis entra a violência física/psicológica gerada pela pessoa que se ama? Viver com esta ambiguidade só irá criar traumas, feridas para o resto da vida. Fase a esta realidade e tristes estatísticas, temos que alertar aos nossos jovens que toda e qualquer tipo de violência não é admissível, urge encontrar medidas para evitar estas situações, na escola, na tv. São dois sentimentos que não vivem juntos, cujo propósito não é o mesmo.
Quem ama cuida, ajuda, apoia. Quem ama não esmaga, ridiculariza, humilha. Quem ama não proibe, persegue ou abusa.
Fazendo fé nestes dados preocupa-me o número de jovens que nunca saberão o que é respeito e ser respeitado pelo outro, as alegrias únicas de um amor saudável, o que é um amor genuíno que os faça crescer e realizarem-se nesta comunhão.
Feliz dia dos namorados e não se esqueçam das palavras Caetano Veloso na música Sózinho:
Quando a gente gosta
É claro que a gente cuida
DN/ Namorados acham normal proibir, perseguir e abusar