Dia Internacional do Fetiche
Amélia Folques
Hoje é o Dia Internacional do Fetiche. Fiquei a saber logo de manhã ouvindo a rádio. Para se identificar com esta efeméride então tem que usar algo roxo. Enfim existem dias para tudo, para sinalizar, celebrar ou mesmo festejar.
Fiquei a matutar nesta palavra que não sei se será um capricho, uma fantasia, um transtorno, um arrojo, uma audácia, uma muleta. Está visto que não sou muito de fetiches pois estive na net a estudar sobre este tema. Vi o celebérrimo 50 sombras de Grey e de tanto ler artigos soltos que por aqui navegam chego à conclusão que sou uma básica nesta matéria.
Falta-me o engraçar com o tema, acho detestável um homem mascarado seja lá do que for mesmo no Carnaval ou outros comportamentos mais raros ou bizarros.
Encontrei porém uma definição da palavra fetiche que para mim faz mais sentido. Um objecto enfeitiçado ou um comportamento, parte do corpo ou objecto que desperta excitação sexual.
E aí sim. Não existe nada mais carnal e estimulante que olhar para os lábios do objecto do teu desejo quando eles estão com um sorriso travesso e aberto ao trejeito do homem da Martini. Algo tão arrebatador, instigante e prometedor como a cumplicidade de um olhar. Lembrei-me de uma frase que li e subscrevo-a: Não há nada mais erótico do que uma boa conversa. Ou talvez não exista nada mais libidinoso que uma dança a dois bem compassada e suave.
Não querendo desfazer ou desprezar todo o universo que é composto o dito fetiche mas é nas coisas mais elementares e simples que está o dito feitiço para estimular a relação.
Sejam felizes como quiserem com ou sem acessórios mais ou menos sofisticados e celebrem bem esta data.