No Reino do porreiro pá - o caso das viagens.
Amélia Folques
Logo pela manhã oiço que a figura Ferro Rodrigues tomou as dores dos deputados que se afiambraram com o dinheiro que o Governo Regional dá aos ilhéus pelas viagens de avião. Isto é o Estado reembolsa despesas acima de 134 euros para os Açorianos e no caso Madeirense acima dos 86 euros, até ao limite de 400 euros por viagem.
Pois vejamos o próprio Estado adianta 500 euros por semana sendo num total de 2000 ou mesmo 2500 euros por mês, conforme os meses aos senhores deputados para gastos com viagens. Estranho é a possibilidade de que o dinheiro ser deles mesmo que não as façam e imaginem sem necessidade de apresentar comprovativo de voo. Esta escumalha ao ter os bilhetes apresenta para reembolso. A coisa nem era escandalosa se o reembolso fosse entregue posteriormente aos cofres do Estado pois os bilhetes efectivamente foram pagos pelo próprio Estado. Mas não esta cambada de alpinistas sociais e políticos sem moral, princípios de cidadania, total ausência de respeito pelo cidadão e sem escrúpulos acha que este dinheiro é deles legitimamente.
Portanto caro cidadão, você e eu andamos a financiar alegremente a esta gente. Os nossos deputados pedem reembolso para os próprios de um gasto cuja despesa foi paga pelo Estado, dinheiro de todos nós.
Questiono o Estado ao dar dinheiro para viagens e que o fim não seja esse mesmo. É impróprio, indevido e lamentável.
Questiono o Estado por não exigir a comprovativo de compra dos bilhetes.
O Estado não está a desempenhar o seu papel ao permitir que o dinheiro público seja esbanjado sem controle pelos deputados. O próprio Estado para os senhores deputados é uma porta escancarada para as manhas e artimanhas desta fauna. Tão exigente com o resto da população e tão permissivo com quem delega o poder e que deveriam ser o exemplo. Acordem, o dinheiro que utilizam é de todos nós é para ser aplicado na causa pública.
Acho que por bem da transparência e da credibilidade dos nossos deputados e figuras do Estado esta lei seja analisada e rectificada pois peca por desleixo. Não faz sentido nem é legítimo sair do tesouro público dinheiro para pagar viagens não realizadas. Num país pobre como o nosso é uma prática escandalosa simplesmente.
Em relação a estes tristes provincianos e pobres políticos não sejam desonestos e abstenham-se de pedir um dinheiro que não é vosso. A passagem foi paga pelo erário público e lamento eu contribuo e a mim custa-me a vida e também me dói ser roubada de todas as formas e feitios por vocês. Já estou a pagar viagens, mais viagens não realizadas e a vossa ganância ainda vos leva a pedir o reembolso de um dinheiro que sai do Estado mais uma vez, que é pertença da causa pública e eu mais uma vez contribui e o fim dos meus impostos não é os vossos bolsos sem fundo privados. Tenham vergonha.
O vosso defensor já se sabe que vergonha não o assiste.
Vivemos no Reino do porreiro pá mas aborrece-me o porreiro ser só para alguns e o pá paga o desgoverno.