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Amelices e outros estados de alma

50 e´s ainda à procura do sentido da vida.

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Amelices e outros estados de alma

21
Jul17

Seres humanos ou manadas


Amélia Folques

neymatogrossomatogrosso_19.jpg

 

Com tanto querer não ferir susceptibilidades, de querer arranjar “caixinhas” para cada tipo de pessoa, que existe um leque variadíssimo de definições de género. Tanto alargaram o espectro que os Ingleses como povo pragmático o reduziram a “hello everyone”. E assim passaste a não ter género, nem tipo de todo.

Passaste a fazer parte de uma massa, uma mixórdia de todos que estão no metro contigo.

Se fosse Inglesa e utente do metro revoltar-me-ia, não quero pertencer aos “everyone”, quero ser eu. Tenho identidade, não quero ser identificada como uma no meio de toda a população que me rodeia, eu sou eu, tu és tu, nós podemos ser outra coisa.

Quem nunca lhe aconteceu estar num espaço publico ou não, olhar em redor e pensar que não tem nada a ver com a gente que gira á sua volta. De que buraco é que saíram questionamos, onde foi a jaula que abriram a porta? Por favor não me engulam, não me coloquem nessa amálgama humana.

Chego mesmo a questionar esta luta, essa dita abertura na diferenciação dos géneros não será mais do que um plano entre outros para retirar a nossa identidade. O mesmo se aplica com o politicamente correcto, onde qualquer pessoa que tenha a audácia de se manifestar com a sua opinião é trucidada em praça pública. No teu trabalho não és fulano tal és um colaborador com um nº, ponto. Tens que estar uniforme, tens que ser formatada e alinhada com o que pretendem de ti. Não podes ser uma nota discordante da maioria que te rodeia

Nada mais fácil do que governar com um povo completamente descaracterizado, onde retiraste toda e qualquer individualidade, personalidade e identificação. Com a desculpa da neutralidade de género ou outra particularidade para não ferir sensibilidades, do politicamente correcto para sermos “equilibrados”, “tolerantes”, “neutros” estamos a abrir um caminho perigoso na desfiguração da sociedade e tantas outras pequenas coisas que nos passam despercebidas ou nem questionamos na nossa boa fé.

Gostei de ler uma entrevista do Ney Matogrosso (está em link abaixo) onde ele afirma : Que gay o cara@@o. Eu sou um ser humano.

É assim que nos devíamos definir acima de tudo como seres humanos, cada um com as suas vivências, particularidades, expectativas, discursos, etc.

As ditaduras começam assim. Quando o povo deixa de ter voz e rosto. Deixamos de ser seres humanos e somos manadas.

 

Entrevista Ney Matogrosso

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