Sismo e planos de emergência.
Amélia Folques
Estava eu no metro quando me ligam a dizer :-saí já na próxima estação porque a terra está a tremer em Lisboa. Nem questionei a informação e sai imediatamente na estação seguinte.
O que questiono é a propria empresa do metro não ter prontamente evacuado as estações e aberto os torniquetes ou as portas para deficientes de forma a que as pessoas saissem o mais rápido possível daquele buraco. Porque aquela hora não se sabia onde tinha sido o epicentro, o grau de intensidade do terramoto e nem se haveria ondas sismicas. Saí por iniciativa própria, ainda tive que procurar o bilhete para accionar o diabo do tornique e cheguar à rua. Escusado dizer que estava ligeiramente assustada.
O abalo já tinha passado e Graças a Deus não se repetiu mais nenhum em Lisboa esta manhã.
Só peço a Deus que me proteja de estar no metro quando um episódio de tremor, abalo de terra aconteça a sério na capital.
Conclui hoje que a empresa Metropolitano de Lisboa não tem plano de emergência, ou se tem irá ser activado demasiado tarde. Porque se é um problema pararem todas as linhas de metro devido a uma ameaça de terramoto, pelo menos as estações deveriam ter os acessos imediatamente desbloqueados para as pessoas saírem prontamente e ordeiramente das mesmas.
O povinho faz tudo direito paga o bilhete ou mesmo o passe, os impostos todos e imaginários para a máquina funcionar. Quando é para o proteger ou defender é recorrente que a mesma máquina falhe.
É um problema o Estado não leva a segurança a sério. Depois vêm as comissões de inquérito e o meu Marcelo nos abraços, nos afectos e nos apoios morais á população que é orfã desse mesmo Estado.
Este comportamento já se tornou num padrão que enerva.